domingo, 22 de março de 2009

Aniversário do velho

Nesta terça-feira completo meu vigésimo quinto aniversário, um quarto de século. Isso me fez ficar um pouco pensativo estes últimos dias... Sei que é só mais um dia como qualquer outro da minha vida, mas a proximidade do dia que soma mais um ano me faz parar pra pensar um pouco nisso.
Passamos anos e anos ouvindo coisas do tipo: " pra que irei comemorar estar ficando mais velho? ", "a gente tinha que comemorar se tivesse voltado um ano", "aniversário de velho não se comemora!", ora, entendo que junto com nosso aniversário o peso da idade, observações chatas, aquelas frases que se repetem ano após ano e você realmente está ficando mais velho. Mas não comemoramos o fato de estarmos ficando mais velhos, pelo menos eu não, eu comemoro o fato de estar vivo, de poder estar aqui com meus amigos, de poder compartilhar minha vida com quem eu amo, que até então parece ser um dos poucos sentidos nesta tão infundada vida.
Perder pessoas queridas me mostrou que não as aproveitei o quanto elas mereciam, que temos muitas oportunidades de nos juntar e celebrar a vida e amizade mas preferimos nos prender aos pequenos defeitos, aos pequenos problemas e reclamar ao invés de sorrir e abraçar, ao invés de celebrar as nossas vidas juntos.

Costumo sentir uma certa tristeza na proximidade do dia de meu nascimento, tristeza que se repete ano-após-ano, mas não é referente a proximidade da morte, estamos morrendo lentamente desde quando nos tornamos um ser vivo, eu reflito sobre a minha vida, sobre a vida das pessoas que amo, sobre oque eu poderia ter feito, sobre oque fiz e não gostaria de ter feito, oque ganhei, oque perdi, mesmo quando os pesos do lado negativo desta balança são poucos eu ainda me sinto triste pelo que acabei perdendo. Essa tristeza passa quando chega o dia e vejo que sou amado, é como se minha existência fosse plena porque sou amado, quando enxergo o lado positivo da balança. Essas pessoas não tem porque se deslocarem por ser meu aniversário, não tem porque se lembrarem, não tem porque comemorarem, mas o fazem, lembram e ficam felizes por mim, sorriem, gritam, festejam.

Tirando os que só aparecem por convenção social (alguns dos parentes caídos por exemplo) eu fico feliz por estar aqui graças a vocês, vocês que estão trilhando este maldito caminho comigo e fazem com que ele valha a pena. Então quando vocês vierem aqui me abraçar e apertar a minha bunda lembrem-se, eu estou feliz porque eu tenho vocês na minha vida e espero que minha companhia seja um presente a vocês assim como a companhia de vocês é um presente pra mim, mesmo tendo que dividir o XP.

Obrigado, feliz meu aniversário pra todos vocês.
May the Force be with you.

Banyboy.








Foda-se
Nintendo é como o McDonald's
Sósias... ou não
Dungeons & Dragons, análise
Watchmen O Filme

domingo, 15 de março de 2009

Foda-se


1. foda-se

Portuguese word for "fuck" in its interjection form. (Brasilians use it as well, since they speak Portuguese.)
Joao: Foda-se!
Pedro: Que e' que foi?
Joao: Caguei-me todo... Foda-se!!!

(trans)
Joao: Fuck!
Pedro: What happened?
Joao: I've just shat myself... Fuck!!!
2. foda-se

Brazillian word which means:fuck it.
Que se foda. Foda-se.
3. Foda-se

Fuck you in portuguese
Eu te odeio! Foda-se!! = I hate you! Fuck you!
De acordo com o Urban Dictionary What a NOOB!


O nível de estresse de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de Foda-se! que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do Foda-se?! O Foda-se! aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor, reorganiza as coisas, me liberta. Não quer sair comigo? Então foda-se! Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!. O direito ao Foda-se! deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o "latim vulgar", será esse "português vulgar" que vingará plenamente um dia.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a ideia de muita quantidade do que "pra caralho" (ou "pá carai", como preferir)? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho! O sol é quente pra caralho! O universo é antigo pra caralho! Eu jogo RPG pra caralho, entende? No gênero do "pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "nem fodendo". O "não, não e não!" e tampouco o "nada" eficaz e o já sem nenhuma credibilidade "não, absolutamente não!" o substituem.

O "nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranquila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele amigo pentelho te atormenta pedindo seu video-game esmprestado?Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos presta atenção, amigo querido, NEM FODENDO!!". O impertinente se manca na hora e vai embora e você volta a curtir seu Metal Gear.
Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "PHD porra nenhuma!"? Ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!"? O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Puta que o pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo.


E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação vai tomar no olho do seu cu!. Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus usando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: Chega! Vai tomar no olho do seu cu!.
Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai a rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: Fodeu!. E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se ...




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sexta-feira, 13 de março de 2009

Nintendo é como o McDonald's


Passeando pela rede li o que o homem com sua própria Joystic Tag, Michael Pachter, fez uma analogia sobre o mercado de games, desta vez falando sobre o Wii e Nintendo. Associando o sucesso da Nintendo com o Wii ao sucesso do McDonald's tem ao matar você lentamente.
Isso torna o Mario um Big Mac?


"Eles compram os jogos de Wii pela mesma razão que as pessoas vão ao McDonald's", disse Pachter sobre os consumidores. Continuando a sua comparação das duas empresas, ele disse, "o McDonald's não ganha muitas críticas positivas nem prêmios, mas é acessível, é consistente, e você sabe que ele esta ali para servi-lo." Ele diz que se o "conceito está certo", o "fator de reconhecimento" está lá, e se você tem uma noção do que o jogo se trata, então as vezes, "o jogo nem tem mesmo que ser bom para vender. "

Pachter também trouxe a concorrência da Nintendo para uma comparação de comidas, dizendo: "A Nintendo se tornou uma máquina de fast food. A Sony é o restaurante mais luxuoso de todos. E a Microsoft está em algum lugar entre os dois."

Então, basicamente, o Wii é como uma oferta do Mac Duplo, o Xbox 360 é como almoçar no Applebee's, e o PS3 é como uma reserva no restaurante mais luxuoso em uma sexta-feira à noite.
Entendi.



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quarta-feira, 11 de março de 2009

Combatendo a corrupção eleitoral - Ficha Limpa





O Projeto "Combatendo a corrupção eleitoral"
A história da Lei 9840, de 28 de Setembro de 1999, inicia-se com o lançamento do Projeto "Combatendo a corrupção eleitoral", em Fevereiro de 1997, pela Comissão Brasileira Justiça e Paz - CBJP, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Esse Projeto deu continuidade à Campanha da Fraternidade de 1996, da CNBB, cujo tema foi "Fraternidade e Política".
A CBJP identifica, no tema de cada Campanha, uma mudança estratégica que deve ser obtida na realidade tratada por esse tema, e programa a ação necessária para obter essa mudança. No caso da Campanha de 96, identificou-se a compra de votos de eleitores – a chamada "corrupção eleitoral" - como uma das maiores distorções da democracia brasileira. O Código Eleitoral já a tipifica como crime, mas essa forma de corrupção fica quase sempre impune. Por isso mesmo ela se torna uma prática corriqueira nas campanhas eleitorais, aceita sem maiores críticas por candidatos e eleitores. Desvirtuando no entanto o exercício do voto e abrindo espaço para o abuso do poder econômico, na exploração das carências populares, ela falseia gravemente os resultados eleitorais. Dois terços da população brasileira vive em situação de carência, com baixo nível de consciência política. A quantidade de votos que podem ser "comprados" junto a essa parcela da população chega a ser, portanto, decisiva numa eleição. Por outro lado, essa prática é perversa: para aqueles que se elegem "comprando" votos, torna-se muito útil manter na miséria e na ignorância política um "exército eleitoral de reserva" o mais numeroso possível.
Diante desse quadro, a CBJP identificou, como uma mudança estratégica a obter, a modificação da legislação eleitoral, visando dar mais eficácia à ação da Justiça Eleitoral no combate ao crime da compra de votos. E dado o caráter cultural do problema, a Comissão decidiu utilizar a Iniciativa Popular de Lei, para obter essa mudança com a maior participação social possível. Segundo a Constituição é necessária, para a apresentação de Iniciativas Populares de Lei, a subscrição de no mínimo 1% do eleitorado. Isto cria a possibilidade da proposta ser discutida por pelo menos um milhão e sessenta mil eleitores.

A meta atual é conseguir 1.300.000 assinaturas para tornar mais fácil a Cassação de políticos envolvidos em crimes eleitorais, mais de 1M de assinaturas já foram coletadas. Se você é professor, representante de classe, membro do Diretório Acadêmico, sindico, representante de alguma comunidade ou simplesmente esta disposto a colaborar acesse o site e imprima o formulário e recolha as assinaturas que estão a seu alcance.

QUEM TIVER FORMULÁRIOS PREENCHIDOS, FAVOR ENVIAR IMEDIATAMENTE PARA A SECRETARIA EXECUTIVA DO COMITÊ NACIONAL DO MCCE NO ENDEREÇO:
SAS Quadra 5, Lote 2, Bloco N, 1º andar, CEP 70.438-700, Brasília-DF.

Mais informações acessem o site da campanha MCCE.

Se dois terços da população brasileira vive em situação de carência, com baixo nível de consciência política façamos a nossa parte conscientizando-os.


terça-feira, 10 de março de 2009

Dungeons & Dragons, análise




Dungeons & Dragons ( D&D ou DnD) é um RPG de fantasia medieval desenvolvido originalmente por Gary Gygax e Dave Arneson, e publicado pela primeira vez em 1974 nos EUA pela TSR, empresa de Gary Gygax. Hoje o jogo é publicado pelaWizards of the Coast. Suas origens são os wargames de miniaturas. A publicação do D&D é considerada como a origem dos RPGs modernos, assim o D&D é considerado o Pai dos RPG's tendo como fonte principal de inspiração o universo criado por Tolkien na obras relacionadas a O Senhor dos Anéis.

Jogadores de D&D criam personagens que embarcam em aventuras imaginárias em que eles enfrentam monstros, reúnem tesouros, interagem entre si e ganham pontos de experiência para se tornarem incrivelmente poderosos à medida que o jogo avança. O D&D se destaca dos wargames tradicionais por permitir que cada jogador controle um personagem específico, ao invés de um exército. Miniaturas ou marcadores em um tabuleiro são usados ocasionalmente para representar esses personagens. O D&D também apresentou o conceito de Mestre de Jogo (Dungeon Master ou DM), que atua como narrador e juiz e é responsável por manter o cenário fictício e aplicar as regras do jogo.

Desde seu lançamento, D&D dominou a indústria do RPG criando um sistema de regras chamado D20 System. Em 1977, o jogo foi dividido em duas versões: A mais simples, chamada Dungeons & Dragons, e a mais complexa, Advanced Dungeons & Dragons (Abreviada como AD&D). Em 2000 a versão mais simples foi descontinuada, e a versão complexa foi renomeada como Dungeons & Dragons com o lançamento da 3ª Edição, que em um curto espaço de tempo, em Julho de 2003, foi substituído pela versão Dungeons & Dragons v3.5 (D&D 3.5), com as regras um pouco modificadas e com algumas poucas novidades muitos consideram o lançamento do D&D 3.5 um erro e que a forma mais justa seria o lançamento de uma grande errata para o D&D 3.o. Mesmo com essa divergência de opiniões sobre o D&D 3.5 ela agradou muito aos jogadores de D&D, da oldschool a atual geração de nerds, trazendo além do D&D adaptações de vários universos para serem jogados em d20 system, como por exemplo: StarWars, d20 Modern, d20 Cyberspace, d20 Apocalypse, Warcraft d20, fora as muitas versões inventadas devido ao system ser aberto, ou seja, O d20 system foi lançado como “Documento de Referência de Sistema”(SRD) sob OGL (Open Game License), ou seja, como um conteúdo de jogo aberto, o que permite a publicar comercial ou não comercialmente modificações ou suplementos para o sistema sem pagar pelo uso da propriedade intelectual associada, domínio da Wizards of the Coast.


Atualmente a Wizards of the Coast trabalha em uma nova linha de produtos com lançamento da 4ª edição (D&D 4.0), lançada em Junho de 2008, e tem demonstrado ser ainda mais simplificada e atraente para novos jogadores, fazendo os jogadores mais antigos e conservadores torcerem o nariz para a D&D 4.0 injustamente. Oque os jogadores antigos argumentam é que a simplicidade do D&D 4.0 tenha transformado o jogo definitivamente em um "video-game de papel", tirando alguns elementos criativos do sistema e tornado simplório demais, oque na verdade não ocorreu. Mesmo com todas as simplificações trazidas por esta atualização do sistema de regras o maravilhoso mundo de fantasias continua rico em todos os fatores, as mudanças tornaram a dinâmica do sistema de jogo muito mais simples, esta simplicidade toma menos tempo de jogo com discuções sobre regras e em rolagem de dados, fazendo com que os diálogos, as narrações e movimentações do ambiente ganhem mais tempo nas seções dos jogos. Cada classe ficou com uma identidade ainda maior, com características e habilidades únicas e maneiras distintas de serem jogadas e interpretadas, a criatividade dos jogadores e do D.M.(mestre) continuam sendo o fator principal na hora de interpretar e tornar cada aventura única e inesquecível.

Além da simplicidade e maior possibilidades de classes o D&D 4.0 também trás a inovação chamada DDI (Dungeons & Dragons Insider) que oferece conteúdos extras como artigos e aplicativos, com o fim de facilitar a criação de seus personagens, npcs, aventuras, dungeons, monstros, revistas Dragon Magazine e mais, cobrando uma taxa de inscrição (uma maneira de manter o serviço atualizado e a manutenção como os MMORPGS fazem).
No dia 03 de março de 2009 (semana passada) foi lançado o Player's Handbook 2 contendo novas raças, classes, poderes e outros materiais.


Pra quem não conhece o DnD essa a é hora de começar com esse que mais do que um jogo, é um exercício pra sua criatividade, raciocínio e trabalho em equipe, pra quem já joga e esta receoso com o D&D 4.0 essa é a hora de esquecer tudo e ler todos os três livros básicos (Player's Handbook, Monster Manual e Dungeon Master's Guide) e reconhecerem que o sistema não regrediu, que as mudanças foram positivas e melhoram em muito a dinâmica do jogo, sem empobrecer em nada nos detalhes. Por último se você já joga o D&D 4.o deixe seu comentário verossímil e ajude a abrir os olhos dos descrentes.
Abaixo vai alguns links úteis pra quem já joga direto do site Oficial.
ERRATAS ( UPDATES )
CHARACTER BUILDER
ENCOUNTER BUILDER
ABILITY GENERATOR
MONSTER BUILDER
DND Insider

domingo, 8 de março de 2009

Watchmen O Filme

Watchmen O Filme


A apresentação do filme é emocionante, fotos e trechos da história dos Minutemen, assassinato do Kennedy e muito do que se diz respeito a primeira geração de Mascarados e o contexto da situação mundial num curto espaço de tempo. O começo do filme é perfeito, música, ritmo, apresentação da trama e dos personagens, tudo acontece de uma forma brilhante ( com destaque para o Comediante e Rorschach que foram excelentes ) e assim segue até a metade. A segunda metade de filme é um pouco corrida, mas acredito que com os 40 minutoss extras que serão lançados no DVD o filme encaixe melhor e a parte final se desenvolva melhor.

A caracterização dos personagens, fisicamente, psicologicamente e os textos da HQ foram trabalhados de uma forma bem cuidadosa, isso com certeza deixou os fãs satisfeitos, com exceção do Adrian Veidt que ficou muito sobre-humano, super-herói demais, inverossímil. A máscara do Rorschach ganhou vida, a armadura e a nave do Coruja foram muito bem trabalhadas e durante todo o filme eles não decepcionam.
Como temia a modificação do final não agradou, mas pelo menos não ofendeu, foi algo mais complexo do que um simples bombardeio a Manhattam ( como muitos acharam que seria ), o final não causa o mesmo impacto do original, impacto esse necessário para sessar a guerra mundial e fazer a humanidade perceber a atrocidade que estava cometendo com o holocausto nuclear quando se vê diante de uma atrocidade maior. Entendo a necessidade de adaptação, mas a oportunidade de trabalhar no final foi perdida, assim como a possibilidade de mostrar mais vezes a viagem da consciência do Jon através do tempo, mostrar o alívio de Veidt no fim gritando "Sim, consegui!!! A guerra acabou!!!" e dar uma ênfase muito maior para o desespero do cidadão comum diante a guerra-fria.

Mais uma vez bato palmas para a atuação de Jackie Earle Haley ( Rorschach ) e Jeffrey Dean Morgan ( Comediante ), os dois interpretaram de forma brilhante neste filme, seria muito mas não seria injusto pedir o Oscar de melhor ator coadjuvantemente para Jackie Earle Haley. A atuação de Malin Akerman como (Espectral II) foi ruim, mas não chegou a estragar a personagem, já o Billy Crudup ( Dr. Manhattan ) e Patrick Wilson ( Coruja II ) atuaram de uma forma satisfatória, caracterizando os personagens com exatidão, Matthew Goode ( Adrian Veidt ) não fez uma atuação ruim, mas não pode-se dizer que caracterizou o Ozymandias com perfeição já que o personagem sofreu algumas modificações no filme.


Por fim é um filme maravilhoso, tem tudo que uma pessoa precisa pra viver: violência, sexo, insanidade e heróis fantasiados. A adaptação emociona e prende, fazendo os 156 minutos passem quase que desapercebidos, vale a pena assistir mais de uma vez, comprar e recomendar para os seus amigos que tenham alguma capacidade de pensar. Só não parem no filme caso não tenham lido a HQ, ela é de longe muito mais completa e complexa que o filme. O link esta no post abaixo e colocarei novamente neste post, junto com o visualizador de HQs.

O Rorschach é verossímil. Caracterização verossímil. Trilha Sonora Verossímil. Enfim, uma Produção verossímil.
Watchmen Arquivo único

Banyboy




sexta-feira, 6 de março de 2009

Who watches the watchmen?



Watchmen
é uma série de HQ escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, publicada originalmente em doze edições mensais pela DC Comics entre 1986 e 1987.

Watchmen é considerada um marco importante na evolução dos quadrinhos: introduziu abordagens e linguagens antes ligadas apenas aos quadrinhos ditos alternativos, além de lidar com temática de orientação mais madura e menos superficial, quando comparada às histórias em quadrinhos comerciais publicadas anteriormente. O sucesso crítico e de público que a série teve foi tremendo que popularizou o formato Graphic Novel.

A série foi galardeada com vários Prémios Kirby e Eisner, além de uma honraria especial no tradicional Prémio Hugo , voltado à literatura : é até o momento a única graphic novel a conseguir tal feito. Watchmen também é a única história em quadrinhos presente na lista dos 100 melhores romances eleitos pela revista Time desde 1923.

A responsabilidade moral é um tema de destaque, e o título Watchmen refere-se à frase em Latim "Quis custodiet ipsos custodes", traduzida comumente no Inglês como "Who watches the watchmen?" ("Quem vigia os vigilantes?"), tirada de uma Sátira de Juvenal . Neste sentido, a obra procura questionar o próprio conceito de "Super-Herói" de forma irônica. Ao longo de seu texto, a obra (assim como seus próprios personagens) evita mesmo utilizar-se da expressão "super-herói", preferindo termos como "aventureiros fantasiados" ou "vigilantes mascarados".
A intenção de Alan Moore foi dar verossimilhança aos personagens de HQ. Para tanto, não só construiu personalidades bem elaboradas como também detalhou todo um complexo universo sem se esquecer das questões culturais, econômicas e políticas.
Personagens:

  • Comediante (Edward Blake): um homem que reconhece o horror presente nas relações humanas e se refugia no humor. Para o personagem, a ironia é, em vários momentos, um reflexo amargo da percepção desse horror. Adaptado do Pacificador, com elementos inspirados em Nick Fury . Edward Blake é cínico e violento, sua "alma de militar" o leva a cumprir seus objetivos muitas vezes a um custo alto.
  • Dr. Manhattan (Jonathan Osterman): o homem-deus, que vê a vida como apenas mais um fenômeno do cosmo. Dr. Manhatan era um cientista nuclear, acidentalmente desintegrado em uma experiência. Aos poucos seus átomos se unem novamente e volta à vida, mas de uma maneira diferente. Surge como um ser sem sentimentos, consegue ver átomos e moléculas, controla a matéria e ainda conseque ver seu próprio futuro a todo instante. Na história se torna o grande trunfo dos Estados Unidos na área militar e tecnológica. Durante a saga Dr. Manhatan vai perdendo aos poucos sua humanidade, se tornando um ser sem sentimentos e que enxerga apenas reações químicas. É adaptado do Capitão Átomo.
  • Coruja II (Dan Dreiberg): um intelectual rico, solitário e retraído. Adaptado do terceiro Besouro Azul (Ted Kord), com elementos do Batman . É um expert em tecnologia avançada e possui vários equipamentos especiais que usa contra o crime.
  • Ozymandias (Adrian Veidt): um visionário brilhante e ególatra movido por um obscuro senso de dever. Seu codinome vem de um poema de Percy Bysshe Shelley, que descreve a estátua do rei Ozymandias esquecida no deserto. É um bilhionário excêntrico, considerado o homem mais inteligente do mundo. Sua inteligência é tamanha que o torna exímio atleta e lutador. Adaptado do Thunderbolt.
  • Rorschach(Walter Kovacs): personagem enigmático, pessimista e com muita força interior, é incapaz de se relacionar normalmente com a sociedade. Projeta na luta contra o Mal seu senso de solidariedade e constrói sua própria moral. Rorschach é um psicopata às avessas, considerado o terror do submundo e um fugitivo da justiça. É ele quem move o enredo e todos os personagens desde o começo da saga, ao perceber que um complô está em andamento. Adaptado do Questão.
  • Espectral I e II (Sally Juspeczyk e depois Laurie Juspeczyk) : Laurie é uma mulher forçada a viver à sombra do pragmatismo de sua mãe. É ex-mulher do Dr. Manhatan e mantém com ele uma certa cumplicidade. Adaptadas da Sombra da Noite, com elementos da Lady Fantasma e Canário Negro.

Para quem se interessar pela obra, deixo aqui um link para download das 12 edições da revista em um arquivo único. WATCHMEN DOWNLOAD